segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Dr. Rosinha: "Uma CPI do ódio de classe"

O deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR), coordenador da Frente da Terra, que defende a reforma agrária no Congresso Nacional, afirma que a constituição de uma CPI mista para investigar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), "cogitada a partir do desejo raivoso dos ruralistas e viabilizada graças ao apoio ostensivo da mídia privada, é reflexo da influência que setores conservadores ainda mantêm sobre a sociedade brasileira".

Em artigo, o parlamentar lembra que o MST tem atuação internacionalmente reconhecida, tanto que, recentemente, foi classificado pelo intelectual norte-americano Noam Chomsky, professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, como "o mais importante movimento de massa do mundo". Dr. Rosinha pergunta:"A quem interessa criminalizar o MST? A quem interessa demonizar um movimento social com 25 anos de serviços prestados à justa causa da reforma agrária?"

E ele mesmo responde: " A resposta é simples: aos latifundiários e aos grandes detentores do capital financeiro, nacional e transnacional, que controlam boa parte da agricultura no país. Os dados do censo agropecuário do IBGE, divulgados há poucas semanas, revelam que menos de 15 mil fazendeiros são donos de mais de 98 milhões de hectares. Em termos percentuais, 1% dos proprietários rurais detém a titularidade de 46% da terra no país".

"O que incomoda a bancada ruralista e os setores por ela defendidos no Congresso é o fato de o MST simplesmente existir. E lutar pela distribuição das terras no campo. Aos olhos dos ricos, os pobres não têm o direito de se organizar, de se manifestar em defesa de seus direitos. Além de criminalizar o MST, os ruralistas desejam adiar a reforma agrária".
Leia aqui a integra do artigo.

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