Os trágicos acontecimentos da chamada “Guerra do Rio” no último fim de semana, em que um helicóptero da polícia foi abatido por traficantes, deixando um rastro de mortos e feridos, fez a festa da urubuzada que estava só esperando a primeira chance para sair da toca gritando: “Tá vendo? Não avisei? Olha aí o Rio que vai sediar a Olimpíada! É o fim do mundo!”
Como se fosse possível, de uma hora para outra, só porque o Rio foi eleito faz duas semanas para receber as Olimpíadas de 2016, restabelecer a paz e acabar com o poder bélico da bandidagem na eterna luta da polícia contra o crime organizado movido a tráfico de drogas e de armas nas mais de mil favelas cariocas.
Para a turma do quanto pior, pior mesmo, tanto melhor, deve ter sido uma tristeza ler a manchete da página 15 de O Globo desta terça-feira: “Membro do COI diz que episódio é insignificante”. Se eu escrevesse uma coisa dessas, seria logo chamado de nacionalista imbecil, daí para cima.
O texto acima é parte de um artigo do jornalista Ricardo Kotscho (foto), cuja íntegra pode ser lida aqui.
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