terça-feira, 24 de novembro de 2009

No Tocantins, reforma agrária ao contrário prejudica camponeses

A edição da Carta Capital desta semana mostra a inversão dos valores no estado do Tocantins. Terras pertencentes a camponeses passaram às mãos de latifundiários, como a senadora Kátia Abreu (DEM), que é também presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA). Uma das maiores críticas à reforma agrária e ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, a senadora foi beneficiada por um esquema investigado pelo Ministério Público Federal. As terras antes produtivas, pelo menos no quinhão que coube à senadora do DEM, foram transformadas em áreas onde nada se planta ou se cria. "Tradução: na prática, a musa do agronegócio age com os acumuladores tradicionais de terras que atentam contra a modernização capitalista do setor rural brasileiro", diz a revista.

Para atacar os sem-terra, a parlamentar tem invocado, constantemente, a legalidade.Eles são acusados por ela de serem financiados ilegalmente para invadir terras Brasil afora. Ao mesmo tempo, pede uma intervenção federal no estado do Pará e acusa a governadora Ana Júlia Carepa de não cumprir os mandados de reintegração de posse expedidos pelo Judiciário local. O foco no Pará tem um objetivo que vai além da política. A senadora, ao partir para o ataque, advoga em causa própria, segundo a Carta Capital. Pois foram ações do poder público que lhe garantiram praticamente de graça extensas e férteis terras do Cerrado de Tocantins. 80 famílias de pequenos agricultores foram desalojadas. A maioria ocupava as terras há pelo menos 40 anos de forma “mansa e pacífica”, como classifica a legislação agrária.
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