terça-feira, 10 de novembro de 2009

Redução da jornada e civilidade no trabalho

Empresários são contrários à redução da jornada máxima de trabalho no país por ideologia e visão fragmentada da economia, avalia Cássio Calvete, economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O pesquisador contesta dados listados pela Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp) na sexta-feira (6). Para ele, medida traz patamar de civilidade ao mercado de trabalho.

Em nota, a Fiesp sustenta que a redução da jornada não irá gerar empregos e aumenta excessivamente os custos para as empresas, especialmente as de médio e pequeno porte (com menos de 100 funcionários). O texto alega ainda que países que adotaram a medida não tiveram sucesso na criação de empregos, além de que outros países em desenvolvimento ("que concorrem" no mercado global").

Tramita na Câmara dos Deputados a Proposta de Emenda Constitucional 231/95 que reduz de 44 para 40 horas semanais a jornada máxima de trabalho. Em julho, a Comissão Especial que discutia a matéria aprovou relatório do deputado federal Vicentinho (PT-SP) (foto) por unanimidade. Desde então, centrais sindicais pressionam e fazem campanha para que o texto seja votado.

Leia a íntegra da entrevista com Cásio Calvete no site da Rede Brasil Atual.

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