sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Evo Morales, reeleição garantida com avanços sociais e econômicos

Primeiro presidente indígena da Bolívia, Evo Morales disputa a reeleição neste domingo e deve se reeleger. “A própria oposição já jogou a toalha, diante dos avanços obtidos por Morales, que conseguiu avanços econômicos, sociais e políticos que hoje têm reconhecimento dos bolivianos e da comunidade internacional”, disse o deputado Nilson Mourão (PT-AC). Na disputa de domingo, Morales lidera com folga enorme: tem cerca 60% das intenções de voto. O segundo candidato tem cerca de 20%.

Evo Morales termina seu primeiro mandato não apenas com a imagem fortalecida junto aos pobres, graças a uma série de programas sociais, mas também é reconhecido por empresários da Bolívia e até pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) pelo modo com que conduziu a economia boliviana.


Em sua gestão, as reservas internacionais subiram de US$ 1,71 bilhão para US$ 9 bilhões. O PIB cresceu sempre acima dos 4% e neste ano, apesar da crise internacional, deve avançar 3%, a maior taxa da América Latina segundo projeções do FMI. A inflação anual está em 3%. As exportações registram recordes e o setor público não financeiro obtém superávit pela primeira vez desde 1970.


“Esses dados mostram que um indio, com todo o preconceito contra ele alimentado por elites da Bolívia e de fora, realiza seguramente o melhor governo que seu pais já experimentou até agora”, disse Nilson Mourão. Ele comparou o caso Morales com o do próprio presidente Lula, que, ao assumir em 2003, teve de enfrentar preconceitos da oposição, das elites e da mídia. “Ambos ainda enfrentam preconceitos, mas os seus feitos à frente do governo mostram, concretamente, que têm mais capacidade de gestão que os membros das elites que os antecederam”, sublinhou Mourão, que é membro da Frente Parlamentar Brasil/Bolívia.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

"A oposição desmantelou e o PT recuperou o Estado brasileiro", diz Vaccarezza

Dois projetos antagônicos. O do PSDB e DEM (ex-PFL), sob o comando de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), desmantelou o Estado brasileiro. Baseava-se na lógica de deixar a economia à sua própria sorte, endeusando o mercado. Mas o governo do PT e aliados, sob a batuta do presidente Lula, derrotou o projeto neoliberal e mostrou, sim, com toda a clareza, que o Estado tem o papel importante de indutor da economia e de formulador de políticas públicas que levam à inclusão social e à distribuição de renda. Essa reflexões são do líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), em entrevista à revista Estados&Municípios.

"Nós dobramos o número de universidades e ampliamos o número de estudantes. Se somarmos isto ao ProUni, é mais que o dobro. Por conta disso, é preciso contratar mais professores, mais técnicos e se reaparelhar em todos os ramos do controle do Estado e de sua capacidade na economia. Na crise, a oposição aumentou imposto, os juros e reduziram-se investimentos. Nós baixamos os juros, os impostos e aumentamos o investimento", observa o líder do PT. Se não fosse a atuação decidida do Estado, o País, com a crise internacional eclodida em outubro de 2008, estaria sofrendo com o desemprego, a baixa de credibilidade. "Agora o Brasil tem emprego, desenvolvimento econômico e distribuição de renda".

Ele destacou também o papel da Bancada do PT na Câmara, para dar consistência ao conjunto das políticas que o Brasil precisou para enfrentar a crise financeira e econômica mundial. Foi necessário um conjunto de ações do Executivo e do Legislativo para que o Brasil fosse pouco atingido e para sair rapidamente dela. "A oposição não entendeu o que acontecia e fez sarcasmo com a definição do presidente, que considerou a crise uma marola. Se fôssemos demonstrar em gráfico, a crise financeira no Brasil foi um “V”: chegou e saiu com rapidez. Para isso foi necessário o apoio do Congresso".

Leia aqui a íntegra da entrevista.

A oposição e a pobreza de ideias a respeito da política externa do governo Lula

Chama a atenção a pobreza das ideias e a mediocridade dos argumentos dos conservadores e da oposição brasileira quando discutem o presente e o futuro da inserção internacional do Brasil. A cada dia aumenta o número de diplomatas aposentados, iniciantes políticos e analistas que batem cabeça nos jornais e rádios, sem conseguir acertar o passo, nem definir uma posição comum sobre qualquer dos temas que compõem a atual agenda externa do País. Essa é uma das passagens de um artigo do professor José Luis Fiori publicado nesta quarta-feira no jornal Valor Econômico. Ele rebate as posições obtusas do governador de São Paulo , José Serra, e de outros oposicionistas sobre a política externa do governo do PT e aliados, a qual deu um novo protagonismo internacional ao Brasil.

"Em quase todos os casos, a posição dos analistas conservadores é passadista, formalista, e sem consistência interna. Além disso, seus posicionamentos são pontuais e desconexos, e em geral defendem princípios éticos de forma desigual e pouco equânime. Por exemplo, criticam o programa nuclear do Irã, e o seu desrespeito às decisões da comissão de energia atômica da ONU, mas não se posicionam frente ao mesmo comportamento de Israel e do Paquistão, que além do mais, são Estados que já possuem arsenais atômicos, que não assinaram o Tratado de Não Proliferação de Armas Atômicas, e que têm governos sob forte influência de grupos religiosos igualmente fanáticos e expansivos", diz o professor.

Clique aqui para ler a íntegra do texto.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A oposição brasileira tem saudades do governo Bush

A política externa unilateralista e confrontacionista de Bush deixou seguidores fiéis no Brasil. Com efeito, a julgar pelas críticas ao papel moderador que o Brasil tenta desempenhar no Oriente Médio, o belicismo dos republicanos da América do Norte fez escola em nosso País. Esse é o ponto principal de análise do deputado Nilson Mourão (PT-AC) sobre a reação irracional da oposição do PSDB e do DEM (ex-PFL), além de setores da imprensa, à tentativa do Brasil de ter um papel moderador na crise do Oriente Médio. "O Brasil deu o seu recado firme e ponderado, com apoio da comunidade internacional, inclusive dos EUA. O mundo entendeu, menos os saudosistas da era do Brasil apequenado e os seguidores do belicismo unilateralista", diz Mourão.

Ele lembra que Bush recusava-se a dialogar com governos vistos como hostis e desprezava inteiramente os mecanismos multilaterais de conciliação e moderação. Preferiu sempre a pressão e a guerra. " Deu no que deu. Isolou seu país, perdeu aliados importantes e comprometeu tropas nos pântanos políticos do Iraque e do Afeganistão, até agora sem resultados significativos. Isso sem mencionar o enorme custo humano e econômico dessas empreitadas bélicas. Diálogo e alianças - Barack Obama prefere o diálogo e a construção de alianças, sem desprezar as instituições multilaterais. O Brasil de Lula, também".
Foi por causa dessa capacidade de diálogo que em menos de um mês vieram ao nosso País Shimon Peres, de Israel, Mahmoud Abbas, da Autoridade Palestina, e Ahmadinejad, do Irã. "É que o nosso País é visto, hoje, como uma potência em ascensão que pode e deve ter papel relevante em todas as questões mundiais. O conflito no Oriente Médio é uma delas, pois não afeta somente aquele região, mas toda a geopolítica do planeta".
Entretanto, os seguidores locais de Bush não estão gostando dessa história. " Eles acham que o Brasil é um país pequeno, que deve voltar a praticar a política externa medíocre e subserviente do passado. Também não gostaram nada da visita de Ahmadinejad, como se fosse possível distender o ambiente no Oriente Médio sem a concorrência do Irã, país com grande peso econômico e político naquela região".
Leia aqui a íntegra do artigo.

Governo Lula beneficia classe média com redução de R$ 210 milhões em impostos

Num momento em que alguns meios de comunicação tentam insuflar os preconceitos da classe média contra os pobres, em razão das políticas de inclusão social do governo Lula, chama a atenção reportagem publicada no fim de semana pelo jornal O Estado de S. Paulo. Pois são justamente os brasileiros de classe média que vão ganhar do presidente Lula um "vale-compras" de quase R$ 210 milhões neste Natal. Essa cifra corresponde ao corte do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros, eletrodomésticos da linha branca (geladeira, máquina de lavar e fogão), materiais de construção e móveis, que foram incluídos na semana passada na lista das benesses tributárias.

A cifra foi calculada por uma consultoria privada, com base na projeção de quanto irá crescer a venda no varejo dos itens favorecidos pela desoneração tributária só no mês de dezembro. O valor dessa espécie de "vale-compras" para a classe média corresponde a 21% do custo mensal do Bolsa-Família, que beneficia cerca de 11 milhões de famílias carentes.
De acordo com o estudo da consultoria, a contribuição da redução do IPI para o acréscimo de R$ 2,097 bilhões nas vendas de carros, eletrodomésticos, móveis e materiais de construção em dezembro deste ano na comparação com o mesmo mês de 2008 será de 10%. Os 90% restantes virão do aumento da renda e do crédito.Só o 13º salário, cuja primeira parcela deve ser paga até amanhã, deve injetar na economia R$ 84,6 bilhões, uma cifra 8,5% maior que em 2008, segundo projeções do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Além do 13º, a oferta de crédito ao consumidor vai ajudar a aumentar essa montanha de dinheiro.

Posição de vanguarda do Brasil pode garantir resultados concretos na COP15

O estabelecimento de uma meta brasileira a ser levada para a Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP15), em Copenhague (Dinamarca), obrigou países que estavam se recusando a assumir esse compromisso a apresentar propostas. O Brasil se comprometeu a diminuir as emissões de gases entre 36,1% e 38,9% até 2020, conforme anunciou há duas semanas, em Copenhague, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, numa reunião preparatória à Conferência da ONU. Até então, Estados Unidos e China lideravam um movimento contrário a qualquer compromisso relacionado a metas concretas de redução da emissão de gases geradores do efeito estufa.


“Você pode ter diferenças entre os números, mas um passo importante é que já está claro que todos os países terão que assumir responsabilidade”, disse nesta segunda-feira o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele comentou ainda o encontro com líderes de países amazônicos na semana passada também para definir metas a serem levadas para Copenhague. Lula lembrou que uma espécie de Carta de Princípios foi elaborada na ocasião e que o documento deve guiar o comportamento dos demais países da América do Sul sobre as mudanças climáticas.


O presidente voltou a cobrar que os países ricos, além de reduzir a emissão de gases de efeito estufa, disponibilizem dinheiro para ajudar países em desenvolvimento a atingirem as metas e a continuarem a crescer. “Todo mundo está com a preocupação de encontrar uma saída definitiva e assumir responsabilidade com a garantia da sobrevivência do planeta porque isso significa cuidar do futuro.”


Leia aqui a fala integral de Lula sobre o tema.