quarta-feira, 7 de julho de 2010

A fúria arrecadatória tucana e os pedágios em São Paulo

O sistema de cobrança dos pedágios em São Paulo, uma invenção tucana, favorece as grandes empresas do setor e ataca diretamente o bolso dos motoristas. Somente neste ano, os paulistas já pagaram mais de R$ 2,7 bilhões. Ou melhor, R$ 2.723.590.500,22, até às 11h53 desta quarta-feira. O cálculo é do site Pedagiômetro (www.pedagiometro.com.br), que monitora em tempo real o volume de dinheiro que entra nos guichês das concessionárias de estradas. Não é por outro motivo que o candidato tucano à Presidência da República e ex-governador do estado tem o apelido de Zé Pedágio.

Os criadores do pedagiômetro, Eric Mantoani e Keffin Gracher, dizem que os pedágios paulistas arrecadam R$ 168 por segundo, o que dá R$ 605.100 por hora e beira os R$ 435,6 milhões por mês. O cálculo é feito com base nos relatórios de arrecadação que as concessionárias apresentam anualmente à Assembleia Legislativa. A ideia é conscientizar as pessoas sobre os gastos.

“Quisemos dar transparência sobre informações a que o cidadão não tem acesso, uma forma de buscar controle social”, declarou Gracher ao jornal Todo Dia, de Americana.

A página entrou no ar na última quinta-feira, dia em que passaram a valer as novas tarifas autorizadas pela Agência Reguladora de Serviços Públicos de Transporte do Estado (Artesp).

O Movimento Estadual contra os Pedágios Abusivos do Estado calculou recentemente que os sucessivos governos do PSDB, que vêm privatizando estradas há 12 anos, acumularam nos cofres aproximadamente R$ 8,4 bilhões. O movimento afirma que rodovias estaduais já foram totalmente pagas pelos contribuintes, mas as tarifas continuam caras porque o governo paulista segue cobrando das concessionárias a outorga pela exploração das estradas.

Há alguns dias, um dos responsáveis pela concessão das estradas estaduais, o ex-governador e atual candidato ao governo, Geraldo Alckmin, tenta se eximir de responsabilidade pelo programa e também pelo alto custo do pedágio. Alckmin passou a identificar abusos nos pedágios que ajudou a criar.

“Há alguns casos em que a pessoa percorre um trecho menor e acaba pagando uma tarifa maior do que se ela fosse quilométrica. Alguns pontos precisam ser revistos”.

Alckmin ainda não explicou porque não fez essas revisões quando governou São Paulo, nem quando ajudou José Serra a governar e nem como pretende fazê-las se for eleito agora.

Os candidatos a governador Aloizio Mercadante (PT) e Paulo Skaf (PSB) têm criticado duramente o custo do pedágio.

“Alckmin é o pedágio, eu sou o caminho”, vem repetindo Mercadante, que anunciou a intenção de renegociar os contratos com as concessionárias.

(com informações do site Brasília Confidencial)

Um comentário:

Anônimo disse...

e por falar em estradas e pedágios, até hoje não vimos terminado o trecho do rodoanel que passa pela cidade de mauá, haja visto que já foi INAUGURADO à muito tempo pelo governo tucano. É uma comédia!